quarta-feira, 29 de junho de 2011

Resumo Obra

Resumo Iracema

A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara.
Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser
filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga.
Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na
tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais
forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz
com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os pituguaras. Pois Arapuã quer
se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Mertim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá
protegê-lo.

Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são
aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim
começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de
Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo
que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho.
Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou
por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer
visitas regulares aos dois.

Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de
Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o
nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente,
Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema
é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizado de
Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de
amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, preocupados
apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.

Crítica

Para grande parte da crítica, o romance indianista “Iracema” é a obra-prima de José de Alencar. Publicado em 1865, o livro leva o subtítulo de “Lenda do Ceará”. Trata das origens do povoamento da província natal de Alencar, por meio do romance do colonizador Martim com a índia Iracema, da tribo tabajara, filha do pajé Araquém. O pano de fundo é o combate entre a tribo de Iracema e os pitiguaras. A moça foge com Martim. Sua família e os amigos de Iracema são mortos e os tabajaras, exterminados. Iracema engravida e dá à luz Moacir, “filho da dor”. Martim ausenta-se e a moça, desconsolada, fica doente e morre. É uma alegoria do Brasil primitivo. Mas o que mais interessa em “Iracema” é a forma com que o autor constrói o texto. É o exemplo mais refinado de poema em prosa já realizado no Brasil.

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